Empresa também lançou um novo gerador de memes e levou os Stories para o seu app de namoro

Após tantas polêmicas e controvérsias, é possível dizer que o Facebook não aprendeu muita coisa com o seu passado — ou, talvez, algumas poucas.

Explico: no começo deste ano, comentamos que a empresa passou a usar de “meios ilegais” para coletar dados de usuários utilizando um app que era instalado a partir de um perfil corporativo (algo que a Apple não permite). Esse método só começou a ser usado pois, anteriormente, um de seus apps disfarçados de VPN1 o Onavo, foi banido do iOS por coletar dados dos dispositivos em segundo plano.

Eis que, mesmo após tantos acontecimentos mostrarem que esse não é o melhor/único caminho a ser seguido, o Facebook decidiu repetir a receita com um novo app de coleta de dados: o Viewpoints. Por trás da interface intuitiva, entretanto, nada mudou em relação ao seu antigo programa de pesquisa — exceto que, agora, a companhia está fazendo isso de forma “legal”.

Facebook lança outro programa de coleta de dados “remunerado”

Nesse sentido, a empresa continua oferecendo recompensas para os usuários que participam do programa; para isso, é necessário instalar o app Viewpoints no seu dispositivo (iOS ou Android) e se registrar na plataforma. O app mostra quais pesquisas estão disponíveis (nem todas são remuneradas) e, após respondê-las, os usuários acumulam pontos que podem ser revertidos em recompensas de US$5 pagas pelo PayPal.

De acordo com a companhia, o objetivo do Viewpoints é melhorar a experiência com os produtos do Facebook, incluindo o WhatsApp, o Instagram, etc. Para a sua segurança, o Facebook afirma que apenas usará os dados coletados internamente e que não os venderá nem compartilhará os resultados das pesquisas na rede social. ?

Como ressaltou o TechCrunch, a questão é se os usuários vão se sentir à vontade em abrir mão de (ainda) mais dados para a empresa. Muitos já abandonaram a plataforma após as sérias de acusações contra a rede social envolvendo privacidade, mas o incentivo financeiro pode mudar isso.

Novo app de… meme!

O Facebook (silenciosamente) lançou, também, um novo app de criação de memes chamado Whale, conforme noticiado pelo The Information2. Apesar de aleatório, o aplicativo é uma criação da equipe de experimentação de novos produtos da empresa (NPE), que existe justamente para testar “coisas novas”.

Com o Whale, é possível editar suas próprias fotos e vídeos, adicionando adesivos, colagens ou frases a elas que lembram os famosos memes da web; o app também possibilita compartilhar essas criações no Instagram e no Messenger.

O objetivo do Facebook com o app disputar o mercado de criações digitais em meio à ascensão meteórica do TikTok, uma plataforma popular entre os usuários mais jovens. Ainda não há informações sobre quando o Whale chegará a mais países — por enquanto, ele está disponível apenas no Canadá.

Será que a moda vai pegar?

Facebook Dating ganha suporte aos Stories

Outro produto do núcleo de experimentação do Facebook é o Dating, que nada mais é do que um app focado em relacionamento (semelhante ao Tinder) o qual fica dentro do app principal da rede. Agora, para incorporar ainda mais recursos à sua plataforma de namoro, o recurso Stories (que se tornou popular com o Instagram e depois foi expandido para o app do Facebook e o WhatsApp) chegou ao Dating.

De acordo com a empresa, ao implementar os Stories no Dating, o objetivo da empresa é fornecer aos usuários mais informações sobre seus pretendentes, além de provar que elas “são reais”. Na prática, o recurso é bastante semelhante ao do Instagram e do Facebook, com um carrossel de fotos circulares no topo do app — exceto que no Dating é possível conhecer e dar match com novas pessoas por meio dos Stories.

De fato, os usuários devem compartilhar os seus Stories do Instagram ou do Facebook no Dating para que eles sejam vistos pelos outros usuários. Nesse sentido, ter a opção de incluir o conteúdo dos Stories na plataforma de namoro pode ser útil, embora não é possível dizer com certeza quantas pessoas se sentiriam confortáveis em compartilhar esse tipo de conteúdo com “estranhos”.